domingo, 13 de setembro de 2009

Só não quero que vá emobra

Os pensamentos.
Não quero vá embora da minha vida, quero que esteja presente, mesmo que distante.
A distância é só um detalhe pra deixar as coisas mais emocionantes, mais proveitosas, mais saudosas.
Mas meu deus do céu, o que é que tanto diz esse retardado?
Por que é que não fica calado?
O que o aflige jovem rapaz?
Leia e fique sentado.
Na vida, há diversos momentos que se diferenciam e se distanciam e se distorcem com o passar do tempo. Em questão de segundos tudo vira lembranças. O que mais me incomoda é que não temos a capacidade de lembrar de tudo. Só nos lembramos daquilo que nossas mentes acham convenientes.
E por que é que eu não controlo o que penso, o que sinto? Provavelmente por que alguém em um determinado momento chegou a conclusão que seria melhor assim.
Mas quem é esse alguém?
Eu, você, nós.
E o que eu estou fazendo agora já é passado. Passou rapidinho. E aposto que não vou me lembrar das motivações que tinha enquanto escrevia, mas com certeza vou me lembrar de quando me sorria.
Ah, vida cruel. Em breve, muito em breve, me sentirei totalmente livre.
Mesmo não existindo essa tal de liberdade.
E para aqueles que provar que eu estou mentindo, eu tiro meu chapéu.

sábado, 13 de junho de 2009

De algum lugar qualquer

Vemos pensamentos soltos, correndo macio. Então os caçamos como caçadores que somos, os aprisionamos e os tornamos nossas posses. Os privamos de sua liberdade, mas podemos chamar de nossos e escrever maroto sobre seus feitos em sua gaiola.
Ó, que bonito são os pensamentos.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Jamais me esqueça


Chega de dúvidas, agora são só certezas.

Eu sou aquele que te persegue nos sonhos mais sombrios.
Eu sou aquele mistério nos romances policiais.
Eu sou a chuva que ainda não veio.
Sou dias de sol e noites chuvosas.
Sou mal feito de voar, mas sou livre de pensar.
O poeta que morreu e ressuscitou.
O ladrão de seu bem mais precioso.
E vou pegar carona numa calda de cometa.
Sou afago, arraso, e do mundo.
Sou a metade faltante, ausente, e esperada.
Sou o desejo do inconsciente.
Sou o corpo.
Sou a alma.
Sou deus e o demônio.
Sou o inocente da guerra, o causador da morte.
Sou o rei do baralho.
Ás de espada.
Sou a confusão e o caminho.
A fé branca como a neve.
Esperança clara como o luar.
A sede de uma matança.
A espera de um milagre.
A vida dourada.
Sou metamorfose ambulante.
Eu sou o inicio, o fim e o meio.
Eu sou eterno.
E eternamente quem sou eu.

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Em homenagem ao meu aniversário

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Continuação

Nem lembro mais qual era o conceito que eu pretendia desenvolver como o segundo, mas acho que é importante eu começar pelo que é importante, óbvio.
E vou falar da tristeza originária, pra falar de tudo que vem depois, tudo. Entederam alguma coisa já? Não né, então eu vou explicar e isso tem muito a ver com o tal projeto que eu pretendo elaborar, mas pelo jeito o que eu tinha planejado é muito difícil de conseguir, mas não quer dizer que eu não consiga.
Seguinte, eu acredito que tudo se origina de algo que é incovenientemente chamado de tristeza. Se pegarmos um dos meus autores preferidos do que há de mais novo em psicologia, um tal de Pierre Fédida, no seu livro depressão, você vai entender um pouco mais sobre o que eu estou querendo dizer. Nesse livro ele começa por baixo, pra poder explicar o fenomeno da depressão. Não sei quais são suas bases filosóficas, mas eu desenvolvi uma, com base nos pensamentos apresentados nesse livro.
Todos nós, seres humanos, sentimos falta de algo, e eu considero isso inegavel. Vamos pensar em nós como fetos em gestação, podemos dizer que existe consciencia? Existe, a da mãe. Esse é o único momento que somos uma só carne com um outro ser humano, não quando nos casamos como afirma os princípios cristãos.
É um pensamento simples, nós, seres faltantes, somos faltantes porque já fomos completos. A completude era obtida no ventre da mãe. Quando nascemos, apesar de todo o choque da experiencia, que deve ser traumática pra diabo, ainda não nos vemos como um ser em separado da querida mamãe. Mães a parte, cada ser vai sendo obrigado a se perceber "sozinho" no mundo, como um ser separado de todos os outros. Essa é a famosa falta.
Até aí tudo bem, mas e a tristeza?
A depressão, de acordo com o autor, ocorre quando perdemos o objeto que disfarça a falta, já que ela nunca vai deixar de existir. Quando nos deparamos com o buraco aberto, que a vontade de ser completo e não poder, somos abatidos por uma grande tristeza e é daí que vem tudo.
O que eu quero dizer com isso?
Calma lá.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

O segundo conceito

Experiências de vida me levaram a pensar isso. O momento de comtemplação. Eu me auto-intitulo filósofo, basicamente por um motivo: todo conceito da psicologia tem como base a filosofia. Teorias do entendimento do pensamento é que são inovadores, permitem transformação. Somos transformos. Bichos meio água meio lixo. Agora por exemplo é minha paranóia que me atrapalha. É difícil ir com calma quando há tanto a ser escrito. Preciso trabalhar isso.
Bom, em suma, estou desenvolvendo um projeto de mestrado, que ainda não sei se vai pra frente, mas se for, vai ter proporções grandíssimas para o desenvolvimento científico, que de certa, forma vai atingir em cheio a população, em alguma instânica.
Continua...

domingo, 5 de abril de 2009

Gift

Gift, porque agora já é um conceito, mas o amor nunca será.

sábado, 4 de abril de 2009

1° Conceito

Ah, o ócio, que me permite divagar, que me permite ser eu.
Tinha me esquecido de muitas coisas de minha própria teoria, mas os tempos mudaram, os céus se abriram e agora me vem a lembrança como se nem existissem ideias anteriores. Então resolvi que tenho que falar muitas coisa, explicar tantas outras e vou começar a fazer isso.
Para que eu mesmo pudesse me fazer entender, resolvi que vou escrever como se fosse conceitos.

Uma coisa importante que eu tenho que falar é que eu tenho um ego inflado em relação a este tema, tanto que acredito que eu sou o único filosofo genuíno desde Deleuze. Tá certo que eu não conheço mais nada depois dele, mas prefiro não conhecer, pra continuar achando que o que eu penso é original, e acredito que seja.
Meu affair com a filosofia nasceu nos primórdios da minha juventude, onde os amigos se reuniam pra dormir na casa de alguém e pensar nas grandes questões do universo. Quase todos nos achamos geniais hoje. Quem sabe até os trinta não estamos internados em uma clínica falando sobre invasão alienígena.
Quando entrei pra faculdade, achei que tinha um pensamento foda, que poucos pensavam como eu e blá blá blá. E numa das primeiras aulas de filosofia, logo no primeiro ano eu descobri que pensava muito parecido com Platão e sua galerinha grega. Foi minha primeira decepção, saber que um cara pensava coisas exatamente como eu, só que fazia isso dois mil anos antes de mim. Fiquei revoltado, como era possivel um cara pensar as mesmas coisas que eu, só que dois mil anos antes? Resolvi que não podia parar, eu tinha que alcançar a originalidade.
Mais tarde, fui pensando igual outras pessoas, sempre sozinho, sempre tentando alcançar algo novo. Até que mais ou menos dois anos atrás eu consegui.
Desde os quinze eu dizia que sou deus. Eu sou mesmo. Faz parte da minha filosofia.
Vamos pensar assim, da seguinte maneira: Amar a deus acima de todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo.
Quem é deus? Eu sou deus. Então quem eu devo amar acima de todas as coisas? Eu.
Simples, um tanto quanto narcisista, mas aí vem a segunda parte. E o próximo, como eu devo amá-lo? Como se ele fosse eu. O que eu sou? Deus. O que ele é? Como eu, ele é deus também.
Conseguiram entender? Eu sou deus, e devo me amar acima de tudo, e ao próximo, como um igual, como eu, como deus.
Isso tudo, é um dos primeiros passos para que possa ser compreensível a minha forma de pensamento. Não sei qual vai ser o nome desse conceito, mas o primeiro que eu quero falar é outro, que eu vou chamar de "gift". Do que exatamente se trata o conceito de gift, tem relação com o significado da palavra, presente, dádiva. E o presente, a dádiva, é o amor.
Então, o conceito de gift é o seguinte: O amor, á uma dádiva, que recebemos e passamos adiante.
Falei sobre justiça divina esse dias com alguém, não me lembro exatamente o porque. Mas eu não acredito nisso, por que eu não acredito nesse deus. Esse aí, tão cheio de coisas estranhas. O meu deus, é aquele que vai além de mim, porque eu sou deus, eu sou o meu deus, mas aquilo tudo que eu falei antes, e essa coisa toda de ser deus é muito mais complexo. É preciso entender o meu conceito de vida, o meu conceito de consciencia, pra que se possa ter noção da dimensão total que está por vir. Em suma, o gift, é algo que vem de deus. Mas não deus no sentindo de divindade, mas sim no sentido de acaso. Deus é as engrenagens do universo, o acaso que fez com que tudo exista e o amor, é algo, uma dádiva, um presente, que vem dessa visão de deus, que nasce no caminho, que tropeçamos sem querer. É uma forma de tocarmos a dimensão do todo, é um meio de sermos deuses. Exatamente por isso que não hã como você ser um deus como eu autoproclamo, sem o amor.
Ao longo de toda a nossa vida nos deparamos com o amor, e sempre tentamos entender isso que tanto nos atinge. Mas aqui eu vou contar algo a vocês todos, o amor é algo que em nossa natureza humana não temos a capacidade de compreender em sua totalidade. O amor é muito mais que isso vemos, sentimos, tocamos e experenciamos em nossa forma de vida tão tímida. Deus não é o amor, deus é o amar.

Gift, o primeiro conceito. Isso sim é filosofia.

quinta-feira, 5 de março de 2009

O Tempo e a Sabedoria

É comum se ver por aí as pessoas relacionar o tempo com a sabedoria. Quanto mais tempo, mais sábio. Mas as pessoas normalmente se esquecem que os seres humanos, com o tempo, vão perdendo suas capacidades mentais e na velhice é raro não ser caduco. É uma pena perceber que cada vez mais novos estamos ficando caducos, loucos de pedra. Não sei exatamente o processo que se dá para que isso ocorra, mas é cada vez mais nítidos que há jovens de 20 e poucos anos que estão caducos.
Os valores que costumam ser prezados pelos tradicionalistas mais antigos, confundidos com velhos sábios, e que muitas vezes realmente são, estão ficando de lado para dar lugar a novas ideologias, não necessariamente errôneas, mas precipitadas. Dessa forma se atribui valor a coisa que em sua essência não possui valor nenhum e isso pra minha pessoa é o maior sintoma da caduquice.
Temo por minha própria geração, onde acredito que aos 22 eu seja um exemplo de sabedoria. Claro que, muito provavelmente, ainda viverei ao menos o dobro disso, o que me permitiria ser ainda mais sábio, ou caduco, mas o estágio em que se encontra o meu pensamento é definitivamente superior e assim afirmo: A filosofia morreu com Dekeuze e seus conterrâneos, eu admito que não conheço muitos outros filósofos depois dele e nem quis conhecer. A filosofia acadêmica está condenada, eu sou a nova face da filosofia, eu sou aquele que torna as origens eu sou aquele que pode afirmar que isso sim é filosofia e porque? Por que a filosofia está renascendo comigo, para alçar vôos maiores que chamarão a atenção de muitas pessoas no futuro, próximo ou distante. Espero que o mundo tenha a capacidade de entender o que quero dizer, não quero me tornar obsoleto como Nietzsche, cuja a grande maioria da população mundial só foi capaz de entender uma mínima parte do que ele escreveu cerca de 100 anos depois, inclusive na acadêmia.
Poder ser confuso no início, é que aos poucos vou organizando meus pensamentos, mas o importante a saber disso tudo que eu escrevi hoje é que o tempo nada tem a ver com a sabedoria e nem a sabedoria se alimenta do tempo para tornar-se maior.
Ninguém fica mais sábio do que já é, só mais velho.
A sabedoria não é adquirida ou aprendida, pode ser exercitada, mas é algo que esforço nenhum é capaz de moldá-la.
O Tempo e a Sabedoria são filosofia.